sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Primeiros britânicos usavam crânios de mortos como taça

2011-02-17

Uma recente descoberta numa caverna – Gruta do Gough, em Cheddar Gorge, Somerset (Reino Unido) –, indica que os britânicos primitivos usavam os crânios das suas vítimas como taça.

Os cientistas do Museu de História Natural de Londres analisaram os restos de três pessoas encontradas, entre elas, uma criança de três anos que supostamente foi morta por práticas de canibalismo. O estudo foi publicado na edição online da PLoS One.

As três taças datam de há 14 700 anos e estima-se que tenham sido usadas após a última Idade do Gelo.
Esta é a primeira evidência da existência de crânio-chávena manufacturados no Reino Unido, já que exemplos arqueológicos dos detalhes desta prática são extremamente raros. O diário «The Daily Telegraph» aponta, na edição de hoje, a descoberta como “a primeira evidência de massacres ritualísticos no país”.

Uma das chávenas adultas fará parte de uma exibição no museu londrino, a partir do próximo dia 1 de Março. Fazer recipientes a partir de crânios humanos pode parecer horrível, mas a prática já era conhecida e documentada do tempo dos Vikings e Citas.

No entanto, segundo os avanços dos paleontólogos do museu, o canibalismo não parece ter sido o propósito principal para a transformação dos crânios. Os ossos mostram cortes precisos com o objectivo de extrair a máxima quantidade de carne das vítimas.

Naquela época, os humanos já tinham aprendido a enterrar os mortos, o que significa que os restos descobertos são resultado de práticas canibais. Segundo Chris Stringer, investigador da instituição que se dedica ao estudo dos crânios, “o canibalismo era seguramente um bom método para eliminar grupos rivais e conseguir comida". "O mais sinistro é que essas pessoas eram caçadoras parecidas com seres humanos actuais. Fazer ferramentas e pintavam nas cavernas. Sepultavam os mais chegados, não os devoravam e tratavam os seus mortos com reverência", acrescentou Stringer.

os investigadores ressalvam que os ossos humanos mostram claros sinais de carnificina, implicando que foram limpos pela sua carne. A medula foi esmagada antes de as cabeças serem transformadas em louça e não há nenhuma sugestão que indique que as chávenas são troféus feitos dos restos de inimigos mortos.
Notícia de Ciência Hoje

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