A esperança média de vida dos primeiros Homo sapiens e dos Neandertais era semelhante, revela um estudo dirigido por Erik Trinkaus, da Universidade de Washington (EUA) e publicado agora na «Proceedings of National Academy of Science». Os investigadores fizeram um estudo comparativo de fósseis de ambas as espécies que coexistiram durante 150 mil anos em várias regiões da Europa e da Ásia e que, segundo as mais recentes investigações chegaram a cruzar-se.
A equipa não teve muito material para analisar, mas foi o suficiente para perceber que existiam quase os mesmos números de fósseis de adultos entre 20 e 40 anos e de maiores de 40, tanto entre os Homo sapiens como entre os Neandertais.
Esta distribuição de idades revela padrões similares de mortalidade adulta, o que contradiz algumas teorias que relacionam a extinção dos Neandertais com uma menor esperança de vida. Erik Trinkaus propõe sim que a vantagem demográfica da nossa espécie se tenha antes devido a um índice de fertilidade mais elevado e a uma mortalidade infantil mais baixa.
Esta hipótese é partilhada por José María Bermúdez de Castro, director científico do Centro Nacional de Investigação sobre Evolução Humana. Este investigador explica que a longevidade dos chimpanzés e dos humanos apenas se diferencia em seis anos. Em estado natural, ou seja, sem cuidados médicos avançados, os primeiros vivem 50 anos e os segundos 56.
Artigo: Late Pleistocene adult mortality patterns and modern human establishment
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em ciência, no Público.
Há 12 anos
Gostei, muito interessante. O que aprendi há 2 anos na cadeira de paleoantropologia, já está completamente desactualizado.
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