A empatia - capacidade de entender os sentimentos de terceiros - desenvolve-se consoante o contexto cultural e social, sugere uma investigação realizada na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Michael W. Kraus, autor principal deste estudo, quis testar as percepções emocionais de dois grupos de pessoas (com e sem cursos superiores) a partir da observação de expressões faciais exibidas em figuras.
Os resultados indicaram que as pessoas com mais formação não conseguiram identificar com tanta eficácia os sentimentos como aqueles que tinham menos estudos. De acordo com os psicólogos, tal aconteceu porque os primeiros são capazes de resolver os seus problemas com maior facilidade, sem dependerem daqueles que os rodeiam.
Depois deste teste, os voluntários foram instruídos para sentirem que eram de uma classe social mais baixa e, nestas circunstâncias, mostraram-se mais sensíveis na leitura de emoções.
Michael W. Kraus acredita que destes resultados se pode concluir que a empatia "não é algo natural do indivíduo", sendo que "o contexto cultural leva a essas diferenças" na leitura de emoções.
Segundo o psicólogo, este trabalho ajuda a mostrar que os estereótipos sobre as classes estão errados. "Se uma pessoa é de classe baixa, não significa que vá ser menos inteligente do que uma pessoa de classe alta. Tudo depende do contexto social em que se vive e dos desafios específicos que se enfrenta”, sugeriu, acrescentando que “se os contextos puderem ser alterados, mesmo que temporariamente, as diferenças de comportamento entre as classes sociais podem ser eliminadas".
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