terça-feira, janeiro 18, 2011

Cientistas japoneses querem “ressuscitar” o mamute

Uma equipa de cientistas da Universidade de Quioto começa este ano a tentar clonar um mamute, animal está extinto há mais de seis mil anos, a partir de tecidos obtidos de um cadáver congelado preservado num laboratório russo. Os investigadores querem esclarecer as razões da extinção desta espécie.

Uma das teorias mais recentes defende que o aumento das temperaturas depois da última glaciação – há uns 10 mil anos – afectaram o habitat do mamute. Apesar de este animal ter sobrevivido a outras mudanças climáticas no passado, durante este período confluíram um conjunto de factores que o terão levado à extinção, entre eles a caça levada a cabo pelo ser humano.
Os investigadores desenvolveram já uma técnica para extrair o DNA das células congeladas. A recriação da espécie será possível através da produção de um embrião com genes de mamute. Este será feito a partir de óvulos de elefante, substituindo os núcleos originais pelos obtidos das células do mamute. Depois, o embrião será colocado no útero de um elefante que fará o parto.

Está previsto este projecto estar concluído dentro de cinco anos. Neste Verão, os investigadores viajam à Rússia para obter as amostras necessárias, visto ser no gelo da Sibéria que se encontraram a maior parte dos restos desta espécie. Alguns exemplares foram encontrados congelados, conservando o pelo e os órgãos internos.

Dúvidas da comunidade científica

Apesar de ser um grande desafio, a comunidade científica está a questionar a legitimidade moral de “ressuscitar” animais cujo habitat desapareceu, além da sua viabilidade. Há, no entanto, antecedentes que indicam a possibilidade de o fazer. O investigador japonês Teruhiko Wakayama conseguiu clonar um rato a partir das células de outro que se tinha mantido congelado durante 16 anos.

A partir das técnicas deste investigador, esta equipa, liderada por Akira Iritani tentou anteriormente clonar um mamute mas as células não puderam ser utilizadas por que estavam danificadas por cristais de gelo.
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Notícia de Ciência Hoje

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