quarta-feira, maio 18, 2011

Sessão The methodologies applied in bioarchaeology: apresentação de João Sardoeira


“Fracturas - O que analisar?”

João Bernardo Sardoeira

Departamento de Ciências da Vida, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Portugal

A fractura é a manifestação mais comum da patologia traumática, podendo ser caracterizada como uma descontinuidade, parcial ou completa, da superfície óssea e ter como origem um evento acidental, violento, uma prática clínica ou ser secundária a outra patologia. Após a sua ocorrência o organismo inicia imediatamente um processo de cicatrização, que poderá variar conforme o indivíduo e o osso afectado, e cujo objectivo será recuperar a estrutura original do osso.
À semelhança do estudo de outras paleopatologias, o trauma requer por parte dos investigadores especial atenção devido às diferentes manifestações que o mesmo pode registar. O momento de ocorrência da lesão, se durante o período de vida do indivíduo ou se posterior ao momento da morte, a existência de complicações no momento de recuperação da fractura e o estado de fragmentação do material analisado, são tudo barreiras que se podem levantar aquando do estudo desta condição patológica. Para as ultrapassar, é essencial ao investigador um conhecimento abrangente da variabilidade que diferentes tipos de fracturas podem apresentar, assim como, as principais características que as definem.
Esta comunicação tem então como objectivo a apresentação de diferentes manifestações de fractura, através da exibição de casos identificados numa amostra de 129 indivíduos do século XIX da cidade do Porto, e ainda, a discussão das mesmas e dos possíveis mecanismos que as causaram.

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